quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Vale a pena servir a Deus?

Vale a Pena Servir a Deus?
Baseado no Salmo 73 Por Adriano Bellini

Asafe começou a se perguntar, se realmente valia a pena servir a Deus. Asafe cuidava da música na igreja, era um músico excepcional e se esmerava em tocar, ensinar e reger durante os cultos. Era um compositor extraordinário, quando ele estava no culto era sinal de um bom período de louvor. Trabalhava ao lado de Hemã e de Jedutun. 1Crônicas 25.6
Asafe era uma pessoa normal, que como nós, estava atento aos acontecimentos sociais de sua época. E mesmo estando constantemente dentro da igreja, isso não o excluía de preocupações com as questões e dramas da vida.
O Salmista observou a vida das pessoas más e desonestas, e concluiu que elas desfrutavam de saúde, riqueza, popularidade e segurança. Vs. 4-12 E começou a observar a sua própria experiência de vida, e concluiu que apesar de sua integridade, muitas vezes era vítima de aflições e castigos. Vs. 13,14
Asafe começou a invejar os ímpios, um homem que tinha o privilégio de cuidar das coisas divinas, em um momento de sua vida sente inveja do estilo de vida e dos valores que Deus abomina. Na ótica de Asafe as pessoas não só pareciam mais ricas do que ele, mas também parece que tinham mais saúde emocional e física. Muito dinheiro, carros, casas, corpos atléticos e nenhuma preocupação.
Se não bastasse tudo isso, essas pessoas eram rodeadas de admiradores o que os envaidecia ainda mais.
Asafe entrou numa tremenda paranóia. Não vale a pena servir a Deus, ser integro. Servir a Deus não dá retorno financeiro, não dá popularidade.
Agora antes de crucificarmos ou atirarmos uma pedra em Asafe pense um pouco, alguma vez você já pensou desta forma? Seja sincero, nós estamos rodeados pela impunidade, injustiças, pessoas que transgridem as leis e por causa de sua influencia não são condenadas.
Eu já me peguei algumas vezes com o mesmo sentimento de Asafe, e já ouvi muitos desabafos de outros irmãos também, “Vale a pena servir a Deus?”. Agora antes que nossa alma se torne azeda de inveja dos que praticam tais atos distantes de Deus, precisamos abrir nossos olhos assim como fez Asafe.
Vejamos o que ele diz no verso 17. “Até que entrei no santuário de Deus, então, entendi eu o fim deles.”
Estar na igreja e ter ministério não garantem a ninguém acesso ao santuário de Deus. O santuário representa o lugar da nossa comunhão, onde somos conduzidos pelo E.S. ao arrependimento, e confessamos nossos pecados. Assim como cantamos “No Santo dos Santos a fumaça me esconde, só os Teus olhos me vêem...”. Quando entramos no santuário Deus nos revela a sua vontade, Asafe enxergou o fim daqueles que desobedecem a Deus, no santuário. “Certamente Tu os puseste em lugares escorregadios, Tu os lanças em destruição.” Verso 18
Estar no santuário nos faz entender que a verdadeira prosperidade está em relacionar-se com Deus. As conquistas materiais que causavam inveja em Asafe logo desapareceriam, entretanto, a alegria que Deus nos concede não pode desaparecer, por que não é baseada em coisas materiais mas sim em Espirituais. Ele é a nossa fonte de riquezas, se Ele nos der riqueza, isso será maravilhoso, se não, devemos nos alegrar também com o que temos. Não é natural um filho de Deus viver na miséria, mas não significa que todos os filhos de Deus devam ser ricos. A prosperidade em Deus não esta atrelada a riquezas materiais.
“Exorta aos ricos do presente século que... pratiquem o bem, sejam ricos de boas obras, generosos em dar e prontos a repartir; que acumulem para si mesmos tesouros, sólido fundamento para o futuro, a fim de se apoderarem da verdadeira vida”. (I TImóteo 6:17-19)
Adriano Bellini