quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

De quanto sexo um casamento precisa?

Este é um conflito que surge em quase todos os relacionamentos que duram mais de dois anos. Causa tensão, brigas, e sentimentos feridos. Muitas vezes, ambos os parceiros se sentem incompreendidos e frustrados.


Este artigo foi publicado originalmente no site Relate Institute, republicado no site www.guiame.com.br com permissão, traduzido e adaptado por Stael F. Pedrosa Metzger.
Este é um conflito que surge em quase todos os relacionamentos que duram mais de dois anos. Causa tensão, brigas, e sentimentos feridos. Muitas vezes, ambos os parceiros se sentem incompreendidos e frustrados.
Independente do seu nível de satisfação, a maioria dos casais acabará por ter algum conflito em relação ao sexo. Uma pesquisa mostra que uma das questões mais comuns entre os casais gira em torno da frequência sexual ou quantas vezes o casal está envolvido em intimidade sexual. De maneira estereotipada isso envolve um parceiro masculino buscando maior frequência do que o seu homólogo feminino, mas nem sempre é o caso. Independente disso, as expectativas não satisfeitas no quarto podem avançar e causar problemas de comunicação, gerar falta de conexão emocional e instabilidade geral no relacionamento.
Então, como se pode combater esse efeito negativo? Qual é a quantidade certa de sexo? Aqui estão alguns pensamentos gerais para ajudar aos casais a certificarem-se de que este problema não está prejudicando as outras partes de seu relacionamento.
Qual deve ser a frequência sexual de um casal?
A resposta correta a esta pergunta é que não existe uma "quantidade certa". Cada casal é diferente e, mais importante, cada um pode ter alteradas suas circunstâncias de vida devido à doença, carreiras e crianças (entre muitas outras coisas) que irão interferir em seu desejo sexual e disponibilidade. Pode haver momentos na vida de um casal em que a intimidade sexual seja perfeitamente possível a cada dia, e outras vezes uma impossibilidade logística.
A pesquisa mostra que um casal "médio" geralmente tem relações sexuais cerca de 2 a 3 vezes por semana. No entanto, se você está preocupado por estar na média, gostaria de incentivá-lo a pensar sobre sua intimidade ao longo de várias semanas ou mesmo vários meses. Cada casal terá boas e más semanas em termos de frequência íntima, já que não existe um número mágico que os casais precisam alcançar para serem "saudáveis".
Como evitar o conflito sobre a intimidade sexual?
Para o parceiro que quer mais:
Entenda que a intimidade é uma rua de mão dupla. Sexo, obviamente, envolve duas pessoas. É muito claro, a partir de pesquisas, que o sexo é mais gratificante, agradável e satisfatório se ambos os parceiros desejam a intimidade. Se você é o parceiro que quer ter relações sexuais com mais regularidade, perceba que fazer sexo todos os dias pode não ser a experiência agradável que você acha que vai ser se o desejo do seu parceiro não corresponde ao seu. Aceite de boa vontade postergar a intimidade se o seu cônjuge não está de bom humor e evite tomar isso como uma rejeição pessoal.
Para o parceiro querendo menos:
Entenda que sua cara metade está provavelmente buscando proximidade e não apenas gratificação física. Muitas vezes, a pessoa que quer menos sexo vê seu parceiro como obcecado e excessivamente centrado no elemento físico do relacionamento e que isso é tudo com que o outro se preocupa. É importante para a pessoa que deseja menos sexo perceber que as tentativas de envolvimento sexual são bons sinais de uma relação saudável e muitas vezes provenientes de um desejo tanto de conexão física quanto emocional. Em nosso mundo moderno há uma abundância de alternativas a que as pessoas podem recorrer (online ou não) se estiverem apenas buscando a gratificação pessoal. As tentativas de proximidade íntima do seu parceiro provavelmente provêm do amor e desejo de proximidade com você. Trate tais tentativas dentro dessa perspectiva e tenha cuidado sobre o quanto a sua reação pode ser excessivamente negativa ou fazer seu parceiro se sentir rejeitado.
Para ambos os parceiros:
Conversem sem tabus. Mesmo entre os casais que têm tido intimidade sexual por muitos anos, este pode ser um tema tabu. A fim de se envolver em uma comunicação saudável, é vital que cada casal aborde as questões relacionadas de maneira aberta. Se um dos parceiros quer mais intimidade e o outro não, tentem postergar para um momento mais oportuno e deixe o seu parceiro que não está no clima explicar claramente o porquê.
Embora possa não parecer romântico, agendar a intimidade pode ser uma coisa muito prática e útil para muitos casais (especialmente aqueles com as crianças). Agende para o dia seguinte e, em seguida, passem o dia flertando e provocando um ao outro. Torne o sexo algo que o outro deseje ter também. Outra opção pode ser a de se revezarem na "carga" de planejar e iniciar a intimidade. Acima de tudo, conversem sobre intimidade e sexo.
Estas dicas podem ajudar muitos casais a evitarem o conflito em relação à frequência sexual, mas é improvável que ajude em questões maiores e mais conflituosas que alguns casais podem estar passando.

Extraído do site http://guiame.com.br/colunistas/josue-goncalves/de-quanto-sexo-um-casamento-precisa.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Sem perdão não existe amanhã

Infelizmente, minha experiência mostra que a maioria das pessoas prefere o ressarcimento da dívida em detrimento do abraço, o que fatalmente resulta em morte: as pessoas morrem umas para as outras e, consequentemente, as relações morrem também


A família é o lugar dos maiores amores e dos maiores ódios. Compreensível: quem mais tem capacidade de amar, mais tem capacidade de ferir. A mão que afaga é aquela de quem ninguém se protege, e quando agride, causa dores na alma, pois toca o ponto mais profundo de nossas estruturas afetivas. Isso vale não apenas para a família nuclear: pais e filhos, mas também para as relações de amizade e parceria conjugal, por exemplo.

Nos anos de experiência pastoral observei que poucos sofrimentos se comparam às dores próprias de relacionamentos afetivos feridos pela maldade e crueldade consciente ou inconsciente. Os males causados pelas pessoas que amamos e acreditamos que também nos amam são quase insuperáveis. O sofrimento resultado das fatalidades, como doenças fatais e acidentes naturais, são acolhidos como vindos de forças cegas, aleatórias e inevitáveis. Às vezes encaradas como vindas de Deus. Mas a traição do cônjuge, a opressão dos pais, a ingratidão dos filhos, a rixa entre irmãos, nos chegam dos lugares menos esperados: a peçonha mortal está justamente no ninho onde deveríamos nos sentir protegidos.

Poucas são minhas conclusões, mas enxerguei pelo menos três aspectos dessa infeliz realidade das dores do amar e ser amado. Primeiro, percebo que a consciência da mágoa e do ressentimento nos chega inesperada, de súbito, como que vindo pronta, completa, de algum lugar, mas quando chega nos permite enxergar uma longa história de conflitos, mal entendidos, agressões veladas, palavras e comentários infelizes, atos e atitudes danosos, que foram minando a alegria da convivência, criando ambientes de estranhamento e tensões e promovendo distâncias abissais. Quando nos percebemos longe das pessoas que amamos é que nos damos conta dos passos necessários para que a trilha do estranhamento fosse percorrida: um passo de cada vez, muitos deles pequenos e que na ocasião foram considerados irrelevantes, mas somados explicam as feridas profundas dos corações.

Outro aspecto das dores do amar e ser amado está no paradoxo das razões de cada uma das partes. Acostumados a pensar em termos da lógica cartesiana: 1 + 1 = 2 e B vem depois de A e antes de C, nos esquecemos que a vida não se encaixa no padrão “se–então” do mundo das ciências exatas. Pessoas não são máquinas, emoções e sentimentos não são números, relacionamentos não são engrenagens. Imaginar que as relações afetivas podem ser enquadradas na simplicidade dos conceitos certo e errado, verdade e mentira, preto e branco é uma ingenuidade. A vida é zona cinzenta, pessoas podem estar certas e erradas ao mesmo tempo, cada uma com sua razão, e a verdade de um pode ser a mentira do outro. Os sábios ensinam que “todo ponto de vista é a vista de um ponto”, e considerando que cada pessoa tem seu ponto, as cores de cada vista serão sempre ou quase sempre diferentes. Isso me leva ao terceiro aspecto.

Justamente porque as feridas dos corações resultam de uma longa história, lida de maneira diferente por todas e cada uma das partes, o exercício de passar a limpo cada passo da jornada me parece inadequado para a reconciliação. Voltar no tempo para identificar os momentos cruciais da caminhada, identificar o que é importante para um e para outro, e fazer a análise das razões de cada um, buscar acordo e pedir e outorgar perdão ponto por ponto não me parece ser a melhor estratégia para as reaproximação dos corações e cura das almas.

Estou ciente das propostas terapêuticas, especialmente aquelas que sugerem a necessidade de ressignificar a história e seus momentos específicos: voltar nos eventos traumáticos e dar a eles novos sentidos. Creio também na cura pela fala. Admito que a tomada de consciência e a possibilidade de uma nova perspectiva produzem libertações, ou no mínimo, alívios, que de outra maneira dificilmente nos seriam possíveis. Mas por outro lado posso testemunhar quantas vezes já assisti esse filme com final nada feliz. Minha conclusão é simples (espero que não simplória): o que faz a diferença para a experiência do perdão não é a qualidade do processo de fazer acordos a respeito dos fatos que determinaram o distanciamento, mas a atitude dos corações que buscam a reaproximação. Em outras palavras, uma coisa é olhar para o passado com a cabeça, cada um buscando convencer o outro de sua razão, outra, é olhar para o outro com o coração amoroso, desejoso verdadeiramente do abraço perdido, independentemente de quem tem ou deixa de ter razão. Abraços criam espaço para acordos, mas acordos nem sempre terminam em abraços.

Essa foi a experiência entre José e seus irmãos. Depois de longos anos de afastamento e uma triste história de competições explícitas, preferências de pai e mãe, agressões, traições e abandonos, voltam a se encontrar no Egito: a vítima em posição de poder contra seus algozes. José está diante de um dilema: fazer justiça ou abraçar. Deseja abraçar, mas não consegue deixar o passado para trás. Ao tempo em que fala com seus irmãos, sai para chorar, e seu desespero é tal que todos no palácio escutam seu pranto. Mas ao final se rende: primeiro abraça e depois discute o passado. Essa é a ordem certa. Primeiro porque os abraços revelam a atitude dos corações, mais preocupados em se aproximar do que em fazer valer seus direitos e razões. Depois porque uma vez abraçados, o passado perde força e as possibilidades de alegrias no futuro da convivência restaurada esvaziam a importância das tristezas desse passado funesto.

Quando as pessoas decidem colocar suas mágoas sobre a mesa, devem saber que manuseiam nitroglicerina pura. As palavras explodem com muita facilidade, e podem causar mais destruição do que promover restauração. Não são poucos os que se atrevem a resolver conflitos e no processo criam outros ainda maiores, aprofundam as feridas que tentavam curar, ou mesmo abrem novamente o que estava cicatrizado. Tudo depende do coração. O encontro é ao redor de pessoas ou de problemas? A intenção é a reconciliação entre as pessoas ou a busca de soluções para os problemas? Por exemplo, quando percebo que sua dívida para comigo afastou você de mim, vou ao seu encontro em busca do pagamento da dívida ou da reaproximação afetiva? Nem sempre as duas coisas são possíveis. Infelizmente, minha experiência mostra que a maioria das pessoas prefere o ressarcimento da dívida em detrimento do abraço, o que fatalmente resulta em morte: as pessoas morrem umas para as outras e, consequentemente, as relações morrem também. Somente o perdão abre os horizontes para o futuro da comunhão. Ficar analisando o caderno onde as dívidas estão anotadas e discutindo o que é justo e injusto, quem prejudicou quem e quando, pode resultar em algum dinheiro no caixa, mas esse dinheiro será sempre insuficiente, pois dívidas de amor são impagáveis.

- Ed. René Kivitz

Extraído do Site - http://guiame.com.br/colunistas/ed-rene-kivitz/sem-perdao-nao-existe-amanha-1.html#

sexta-feira, 8 de maio de 2015

segunda-feira, 30 de março de 2015

Dia 11/04/15 NOSSO PRÓXIMO CONECTADOS



Não se esqueçam, nosso próximo encontro será no dia 11/04/15 às 20 horas.
Entrada franca.

Se possível deixem as crianças com alguém de sua confiança para que possamos ter esse tempo com mais liberdade, Caso contrário, não deixe de participar procuraremos dar uma atenção aos filhos também.

sábado, 14 de março de 2015

O Cristão pode assistir filmes pornográficos?



“Todas as coisas são lícitas, mas nem todas convêm; todas são lícitas, mas nem todas edificam.” (1 Co 10.23). Na realidade, se você quiser, quem vai te impedir de assistir filme pornográfico com sua esposa? Ninguém! Não existe nenhum texto na Bíblia que diga: “não assistirás filme pornô com sua esposa”. Porém, é preciso avaliar os atos de nossa vida e observar se eles convêm, se eles edificam, se estão de acordo com a vontade de Deus. Vejamos, então:
ASSISTIR FILME PORNOGRÁFICO COM A ESPOSA CONVÉM E EDIFICA?
Não convém e não edifica porque a pornografia em si é maligna. Não existe pornografia “do bem”. Qual a diferença entre ver sozinho e com a esposa? Acaso ver com a esposa vai santificar a pornografia? Não! Esse tipo de filme é um atentado contra o ser humano, contra aquele que foi criado à imagem e semelhança de Deus! Como alguém pode achar normal ver uma pessoa ser exposta em sua nudez em cenas de sexo explicito com o objetivo de entretenimento de telespectadores? Quando consumimos pornografia estamos indiretamente concordando com a forma com que tudo aquilo é feito. Financiamos a sua produção.
Não convém e não edifica porque a pornografia faz mal ao coração humano. Que benefícios a pornografia poderá trazer ao seu coração e ao da sua esposa? Vai ajudá-los a aprender umas posições “legais” e melhorar o relacionamento? Pelo contrário! Ela trará mal ao coração do casal. O homem terá centenas de cenas explicitas de outra mulher em sua mente A mulher terá centenas de cenas explicitas de outro homem em sua mente. Soma-se a isso o tipo de sexo humilhante e degradante apresentado nesse tipo de filme e terá um coração manchado com um tipo de pecado que poderá causar muito dano à relação. Não há edificação alguma.
Não convém e não edifica porque a pornografia fere a dignidade das pessoas. Talvez você possa dizer: Mas minha esposa aceitaria numa boa vermos esse tipo de filme para melhorarmos a parte sexual da nossa relação. Pois bem, a pornografia irá pouco a pouco ferir a relação do casal e não melhorar. Isso porque ela é em si maligna e pecaminosa, desrespeitosa com o ser humano, tratando-o como objeto. Logo, não tem potencial de trazer bem algum à relação, mas de destruir.
Não convém e não edifica porque homem e mulher não conseguem ficar isentos diante desse tipo de cenas. Seria possível homem e mulher ficarem isentos diante das cenas pornográficas que estão vendo? Creio ser praticamente impossível isso acontecer. Logo, esse tipo de filme leva ao adultério, que é pecado. E o pecado gerará consequências graves ao casamento. Veja o que Jesus disse: “Eu, porém, vos digo: qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração, já adulterou com ela.” (Mt 5.28). Se podemos ser traídos por um olhar de cobiça, imagine assistindo a um filme desse tipo! O perigo é ainda maior para o homem, pois este é naturalmente mais propenso a ser tentado pelo olhar.
Quero finalizar essa resposta com um texto que funcionará como uma peneira caso você ainda ache que assistir a filmes pornográficos com a esposa seja saudável e edificante:
“Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento.” (Fp 4.8).
A pergunta final é: Filmes pornográficos são verdadeiros? São respeitáveis? São justos? São puros? Demonstram amor? Têm boa fama? Têm alguma virtude? Transparecem louvor? Se não, que isso não ocupe o pensamento do casal em seu momento sublime de vida sexual e nenhum outro momento.
Há outras formas de “acender” a relação! Creio que o caminho para uma melhora na relação do casal passa pelo amor, afeto, respeito, carinho, dedicação…
Escrito pelo Presbítero André Sanches da igreja Presbiteriana Bela Jerusalém .